O QUE É FOSFATIZAÇÃO
O processo de fosfatização é largamente usado pelas seguintes razões:
- a) Prepara as superfícies para receber e reter as tintas ou outros revestimentos, aumentando a resistência contra corrosão.
- b) Condiciona as superfícies para receber compostos lubrificantes nas operações de deformação a frio ou parte móveis.
Principais Finalidades das Camadas de Fosfato
BASE PARA PINTURA
O uso mais difundido da fosfatização é preparar a superfície
metálica para permitir uma boa aderência da tinta e impedir
o desenvolvimento dos processos de corrosão. A durabilidade
da tinta está diretamente ligada à eficácia do sistema de
pré-tratamento do substrato. O objetivo de tratar as superfícies
dos metais antes da pintura é o de tornar a superfície instável
do metal em uma superfície estável, uma base inerte para receber a tinta.
A fosfatização ainda é o processo mais aceito como base para
pintura, desenvolvido para aço e aço galvanizado.
Compostos para Fosfatização e Mecanismo de Formação de Camada
Os compostos para a fosfatização consistem, basicamente, de
fosfatos metálicos, dissolvidos em soluções aquosas de ácido fosfórico.
- Fosfato primário de zinco --------------------------------------------- Zn(H2PO4)2
- Ácido fosfórico ----------------------------------------------------------- H3PO4
- Aceleradores ------------------------------------------------------------- ClO3- , NO3-
- Água ------------------------------------------------------------------------ H2O
Quando um metal reativo entra em contato com as soluções
dos compostos para fosfatização, inicia-se um processo de
decapagem e a concentração do ácido fosfórico livre é reduzida
na superfície metal/líquido: então, o fosfato primário precipita
sob a forma de fosfato terciário.
- 1ª reação : Fe0 + 2H3PO4 ?Fe(H2PO4) + H2
- 2ª reação : Zn(H2PO)2 ? ZnHPO4 + H3PO4
- 3ª reação : 3ZnHPO4 ? Zn3(PO4)2 + H3PO4
- 4ª reação : 3Zn(H2PO4)2 ? Zn3(PO4)2 + 4H3PO4
SEQÜÊNCIA DE UMA LINHA DE FOSFATIZAÇÃO
1. Desengraxe : Uma superfície limpa, livre
de graxas, óleos e óxidos é essencial para a obtenção de uma
camada de fosfato de boa qualidade. As sujidades, óleo, etc.,
podem ser removidos, através de solventes, solventes emulsionáveis,
desengraxantes alcalinos - jateados com areia ou granalha
etc., preparando assim, as superfícies para a fosfatização.
2. Lavagem : Após o desengraxe é muito
importante que haja um enxagüe adequado, com água corrente,
para evitar arraste para os estágios subseqüentes.
3. Decapagem ácida : Em superfícies oxidadas
é necessária a remoção dos óxidos e, para este fim, o uso
de decapantes ácidos é o processo mais utilizado nas indústrias,
por ser o mais econômico. A escolha do tipo do decapante depende
da instalação, origem da oxidação, etc. Os ácidos normalmente
usados são: muriático, sulfúrico, fosfórico, cítrico, tartárico, etc.
4. Lavagem : Após a decapagem é muito
importante que haja um enxagüe adequado, com água corrente,
para evitar arraste para os estágios subseqüentes.
5. Condicionamento - refinador : Existem
aditivos à refinação da estrutura cristalina de fosfato, mas
os sistemas mais utilizados consistem em tratar as peças a
serem fosfatizadas com uma solução coloidal de fosfato de
titânio para o fosfato de zinco ou solução de fosfato complexo
de manganês para o fosfato de manganês.
6. Fosfato : É utilizado do fosfato de
zinco para pintura, por ter excelente aderência a tintas.
7. Lavagem : Após o fosfato é muito importante
que haja um enxagüe adequado, com água corrente, para evitar
arraste para os estágios subseqüentes.
8. Passivação : As camadas de cristais
de fosfato de zinco, ferro e zinco ou fosfato de manganês,
são porosas, de sorte que minúsculas superfícies do metal
de base ficam expostas ao ar. O último tratamento depois da
fosfatização tem por finalidade a passivação dessas áreas
expostas entre os cristais e o fechamento dos poros. Para
esse fim, emprega-se com sucesso soluções diluídas de ácido
crômico, ou misturas balanceadas com cromo hexa e trivalentes.
Existem, também produtos a base de ácido tânico e de molibdênio
cuja ação inibidora sobre o aço fosfatizado é eficiente.
O QUE É PINTURA
REVESTIMENTOS NÃO-METÁLICOS ORGÂNICOS - PINTURA
Dentre as técnicas de proteção anticorrosiva existentes,
a aplicação de tintas ou sistemas de pintura é uma das mais
empregadas. A pintura, como técnica de proteção anticorrosiva,
apresenta uma série de propriedades importantes, tais como
facilidade de aplicação e de manutenção, relação custo-benefício
atraente e, pode proporcionar além disso, outras propriedades
em paralelo como, por exemplo:
- Finalidade estética - tornar o ambiente agradável;
- Auxílio na segurança industrial;
- Sinalização
- Identificação de fluídos em tubulações ou reservatórios;
- Impedir a incrustação de microrganismos marinhos em cascos de embarcações;
- Impermeabilização
- Permitir maior ou menor absorção de calor, através do uso correto das cores;
- Diminuição da rugosidade superficial.
Apesar de a pintura ser uma técnica bastante antiga,
o grande avanço tecnológico das tintas só ocorreu neste último
século, em decorrência do desenvolvimento de novos polímeros
(resinas): alquídica e vinílica década de 20; acrílica e borracha
clorada década de 30; epóxi, poliuretana e silicone na década de 40.
Nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico neste setor
tem sido intenso, não só no que diz respeito a novos tipos
de resinas e de outras matérias-primas empregadas na fabricação
das tintas mas, também, em relação a novos métodos de aplicação
das mesmas. Um outro aspecto importante a ressaltar é que
as restrições impostas pelas leis ambientais têm levado os
fabricantes a desenvolver novas formulações de tintas com
teores mais baixos de compostos orgânicos voláteis que, como
conseqüência, possuem teor de sólidos mais alto. Ainda neste
campo, pode-se mencionar as tintas em pó que, além de serem
isentas de solventes, apresentam excelentes características
de proteção anticorrosiva, e as tintas anticorrosivas solúveis
em água, já disponíveis no mercado, com baixíssimo índice
de toxicidade.
No que diz respeito aos equipamentos de aplicação de tintas,
grandes avanços têm sido realizado no sentido de se melhorar
a produtividade e a qualidade da película final. Neste campo
pode-se mencionar a pintura eletrostática, para qual foram
desenvolvidas pistolas e equipamentos especiais que, além
de melhorar o rendimento da tinta, permitem obter um recobrimento
uniforme da peça, principalmente em regiões difíceis de ser
pintadas, como é o caso de arestas e cantos vivos.
O QUE É PINTURA ELETROSTÁTICA A PÓ
É uma pintura de alta produção e fino acabamento, com revestimento
em pó nas versões epóxi, poliéster e híbrido. Diferencia-se
consideravelmente da pintura com tinta líquida, notadamente
nos métodos de aplicação e na resistência do filme.
Ela se caracteriza pela fácil aplicação, através de um
processo eletrostático, não exigindo mão de obra especializada.
O pó adere perfeitamente às peças mesmo em pontos de difícil
acesso, como cavidades e reentrâncias e etc ...
Após a aplicação, quando a peça é submetida ao aquecimento , as partículas de pó aderidas se fundem formando uma película
plástica uniforme, com espessuras que variam de 40 a 100 microns.
Essa película não amolece mesmo quando submetida a reaquecimento.
O tempo de cura varia de 10 a 30 minutos, a temperatura
entre 150°C a 220°C. A pintura com o revestimento em pó, a
base de resina epóxi, poliéster e híbrido é, portanto, a solução
ideal para problemas de decoração, proteção de superfícies
metálicas, mesmo as mais complexas.
Os revestimentos em pó podem ser aplicados em qualquer superfície
metálica: autopeças, eletrodomésticos, grandes móveis metálicos,
implementos agrícolas, extintores, bicicletas, equipamentos
para camping, luminárias, utilitários domésticos, etc, e proporciona
ótimo acabamento e excelente proteção.
Na
JPS Pinturas, atendemos a todas as especificações de
nossos clientes, sempre observando suas necessidades particulares.
Abaixo algumas características das tintas e suas aplicações:
Tabela de Recomendações |
Epóxi |
Híbrido |
Poliéster |
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Dureza |
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Flexibilidade |
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Durabilidade Exterior |
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Proteção à Corrosão |
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Epóxi
O aspecto mais importante da linha epóxi é a
propriedade de resistência química e mecânica,
pois tem uma excelente qualidade de aplicação,
já que deve ser aplicada em ambientes interiores onde
a cor e o brilho não é um fator crítico.
O sistema epóxi geralmente não é recomendado
para aplicações decorativas e peças industriais
onde são submetidas à exposição
em ambientes externos devido à perda de brilho.
Aplicações típicas:
• Ambientes agressivos em geral;
• Bebedouros de água;
• Equipamentos marítimos;
Híbrido
O sistema híbrido em relação ao epóxi
tem baixa resistência ao solvente, e por isso seu uso
mais comum é na linha decorativa, como mobília,
principalmente, para ambientes internos, e também peças
industriais onde não há incidência de
raios solares na peça pintada para não afetar
o aspecto do filme.
O sistema Híbrido está disponível nos
acabamentos liso brilhante, semi-fosco, fosco, texturizados,
microtextura.
Aplicações Típicas:
• Móveis tubulares;
• Móveis para Escritório;
• Peças Industriais ;
• Equipamentos de Laboratório;
• Telefones Públicos ;
• Peças Automotores (de acabamento interno);
• Entre outros.
Poliéster
É o melhor sistema utilizado atualmente quando se
fala em relação resistência em ambientes
externos, e a sua flexibilidade é melhor. É
por estas características que lhes proporciona, ele
se encontra no topo dos sistemas em pó . E também
tem outra característica importante : a maior cobertura
do filme e tempo menor de cura.
O sistema Poliéster está disponível também nos acabamentos liso brilhante, semi-fosco, fosco, texturizado e microtextura.
Aplicações típicas:
• Peças automobilísticas externas;
• Móveis para ambientes externos;
• Placas de sinalização;
• Transformadores;
• Implementos agrícolas;
• Materiais expostos a corrosão;
• Móveis destinados a ambientes agressivos (maresia);
• Equipamento eletro eletrônico;
• Equipamento de irrigação;